A cidade de Barcelos localiza-se no interior do Amazonas e pertence à Mesorregião do Norte Amazonense e Microrregião de Rio Negro, o seu tamanho em território é 122.475,728 km². E foi primeira capital da província do Estado antes da transferência para Manaus da sede administrativa. É a maior cidade do Amazonas em área territorial, localizada à margem direita do rio Negro; faz parte da lista dos maiores
municípios do mundo por área territorial.
“Quando falo de Barcelos e me perguntam onde fica, logo respondo que Barcelos fica no paraíso!”
Sim, Barcelos está localizado numa região extraordinária. Há quem pense que só tem mato e água, mas o que se esconde nisso tudo, provavelmente poucos sabem, só sei que é imensurável.
Como outras maravilhosas riquezas da Amazônia brasileira, Barcelos é um destino turístico ainda pouco conhecido pela maioria dos brasileiros, mas já com destaque no mercado internacional. Considerada a capital do peixe ornamental, Barcelos é a maior exportadora brasileira do produto e uma das maiores do mundo, com destaque para peixes como o cardinal, de beleza exótica e brilho intenso, ou o acará-disco.
O Parque Estadual Serra do Aracá, está localizado no município de Barcelos, no estado do Amazonas, e ocupa uma área de 18.187 km², o que abrange 15% da área do município todo – 122.475,728 km². A Serra do Aracá possui o único TEPUY – um tipo de planalto em formato de mesa – abaixo da linha do Equador, e faz parte do Planalto das Guianas, com montanhas que chegam a mais de 1.300 metros de altitude, no meio da floresta Amazônica.
O parque abriga centenas de paisagens naturais deslumbrantes, como rios, lagos, riachos, campos e principalmente a maior cachoeira do Brasil, a Cachoeira do El Dorado, ou também conhecida como Cachoeira do Aracá, que possui 360 metros de queda livre, além de uma fauna farta. Porém, infelizmente ele não é protegido, não tendo nenhum tipo de vigilância, fiscalização e infraestrutura, o que o torna extremamente selvagem e um tanto quanto perigoso.
Dizemos perigoso, pela falta de controle de entrada e saída de pessoas e nenhum tipo de sinalização ou trilha mapeada. Sem contar, que além da vida selvagem, por lá infelizmente há caçadores ilegais, mineradores clandestinos e até contrabandistas de plantas. Porém, ainda assim, há algumas expedições de pessoas interessadas em pesquisar e estudar o local que é tão rico em biodiversidade.
Além do Tepuy que é uma formação maciça de Quartzito que pode atingir cerca de 1400 metros de elevação em alguns pontos mais altos, outras cadeias de montanhas próximas compõem um conjunto de serras complementares.
A distância das áreas povoadas e a ausência de vias de acesso fazem da Serra do Aracá um dos lugares mais remotos do mundo. A logística para acessar a montanha a partir de Manaus exige no mínimo 3 dias em barcos e uma caminhada que, com sorte, pode ser realizada em 1 dia. Além da distância, os rios que acessam a montanha são navegáveis apenas nos meses de cheia, ficando intransitáveis boa parte do ano. Uma vez na floresta, não há trilhas bem demarcadas o que pode tornar a subida mais difícil e demorada. Além disso, os limites da serra compreendem paredões verticais exigindo empenho para encontrar vias mais fáceis de subida.
Aos que reclamam do calor da região equatorial, a temperatura média no Aracá fica entre 25 a 28 ºC o ano todo. Entre abril a setembro, quando os rios estão mais cheios, o transporte fica mais facilitado através das voadeiras, evitando assim um caminho tão grande para fazer a pé.
Assista:O Sistema de Meio Ambiente do Amazonas, composto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), além de prevê a manutenção da floresta e garantir a conservação dos recursos naturais, por meio de políticas públicas, gestão, projetos, fiscalização e áreas protegidas. Visando aperfeiçoar essa realidade, o Governo do Estado do Amazonas promoveu reforma administrativa e ajustou o Sistema.
No Amazonas, a gestão do Parque Estadual é executada pela SEMA. O Parque Estadual tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas.
A visitação pública (Tursimo Ambiental) está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade e às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema) realiza a gestão de 42 unidades de conservação (Ucs), sendo oito de proteção integral e 34 de uso sustentável, totalizando 18.907.378,34 hectares de floresta legalmente protegidos, o que representa 12,13% da área do Estado. O Amazonas possui 97% da sua cobertura vegetal inteiramente preservada, e a Sema atua com ações constantes para assegurar a preservação e impedir o desmatamento.
As UCs de uso sustentável têm como o objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais. Já as que compõem o grupo de proteção integral, têm o intuído de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais.
Além de prever a manutenção da floresta e garantir a conservação dos recursos naturais, por meio de políticas públicas, gestão, projetos, monitoramento e áreas protegidas, a Sema também trabalha para a melhoria da qualidade de vida da população que tem no patrimônio florestal o seu maior bem.
Dentro das UCs, por exemplo, existem com 26.431 famílias em 1030 comunidades que recebem suporte da Sema com capacitação, educação ambiental, projetos, entre outras inciativas que visam a preservação do meio ambiente e a valorização dessas comunidades. Para fortalecer a gestão das UCs, a Sema, com apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), emprega continuamente esforços para a realização de diagnósticos, estudos biológicos, sociais e fundiários para a elaboração e aplicação dos planos de gestão dessas unidades.
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